PERSONALIDADES HISTÓRICAS RETRATADAS
ALFREDO ELLIS
(1850-1925) – Médico e senador pelo Estado de São Paulo.
ALFREDO VARELA
(1864-1943) – Advogado e político. Não chegou a ser preso pela participação no
levante de 1904. Foi cônsul do Brasil na Espanha (1908), no Japão (1910), em
Portugal (1914) e na Itália (1914).
BARBOSA LIMA
(1862-1931) – Militar de
formação, fez carreira na política.
Livrou-se da prisão com o álibi de sua presença em casa na noite do levante.
Continuou na Câmara Federal onde se reelegeu pelo Distrito Federal.
BIBIANO
COSTALLAT (1845-1904) – Engenheiro
militar, professor, faleceu em dezembro de 1904, quando era o chefe do
Estado-Maior do Exército.
CORONEL GALVÃO –
Lutou do lado legalista contra os militares insurretos (1904).
EUCLIDES DA
CUNHA (1866-1909) – Engenheiro militar, jornalista, escritor e membro da
Academia Brasileira de Letras. Desempenhou papel fundamental na formação do
pensamento social brasileiro. Sua produção intelectual reúne conferencias,
artigos, relatórios, poesias e ainda as publicações Contrastes e confrontos (1907), coletânea de artigos escritos para
jornais, Peru versus Bolívia (1908), Os Sertões (1902) e a À Margem da História (1909), obra
póstuma que versa sobre sua experiência como chefe da comissão mista
Brasil-Peru-Bolívia para a demarcação dos limites do território brasileiro com
estes países.
FRANCISCO ARGOLO
(1847-1930) – Militar, ministro
da Guerra em 1897 e de 1902 a 1906. Em 1920, ocupou a presidência do Superior
Tribunal Militar.
FRANCISCO
GLICÉRIO (1846-1916) – Advogado. Participou da proclamação da República, foi
Ministro da Agricultura no Governo Provisório, deputado federal (1891-1899) e
senador (1902-1916).
HORÁCIO JOSÉ DA
SILVA, PRATA PRETA. – Rebelde que liderou a resistência popular durante a
Revolta da Vacina a partir do morro da Saúde, que acabou sendo chamado de Porto
Artur, numa alusão aos ataques do Japão às frotas russas sediadas naquele porto
em território chinês e no ano retratado pelo romance.
JOSÉ ALÍPIO
COSTALLAT (1852-?) – Militar e comandante da Escola Militar da Praia Vermelha.
Após o levante da instituição em 1904, foi submetido a processo penal militar
por inobservância do dever militar e absolvido.
JOSÉ J. SEABRA
(1855-1942) – Advogado e político baiano, ministro da Justiça (1902-1906),
depois titular da pasta de Viação e Obras Públicas (1910-1912), governou o
estado da Baía em duas ocasiões (1912-1916 e 1920-1924).
LAURO
MÜLLER (1863-1926) – Engenheiro formado pela Escola Militar da Praia Vermelha e
ministro das Relações Exteriores em duas ocasiões (1912-1914 e 1914-1917).
Galgou a patente de general de divisão em 1921 por desempenho civil.
LAURO
SODRÉ (1858-1944) – Formado pela
Escola da Praia Vermelha, dedicou-se a política com carreira estimulada a
partir da proclamação da República, que o guindou ao governo de Belém do Pará,
além de rápidas promoções em termos de patente militar. Preso pela tentativa de
golpe de Estado em 1904, foi anistiado após dez meses de prisão em um navio.
Reelegeu-se novamente senador em 1906 e em mais sete vezes, com o final do
mandato em 1930. Nesse ínterim, governou pela segunda vez o estado do Pará
(1917-1921).
LIMA
BARRETO (1881-1922) – Jornalista e escritor nascido na cidade do Rio de
Janeiro, Lima Barreto abandonou o curso de engenharia na Faculdade Politécnica
por falta de recursos financeiros. Denunciador dos preconceitos sociais da
sociedade brasileira e crítico do positivismo e também do governo republicano,
era tido como um escritor menor pelos seus contemporâneos. Autor de diversas
obras, como Recordações do Escrivão
Isaías Caminha (1909), Triste Fim de
Policarpo Quaresma (1915) e Diário
Íntimo (1953).
MAJOR
POSIDÔNIO – Lutou do lado legalista contra os militares insurretos de 1904.
MANOEL
BENÍCIO – Militar e jornalista. Em 1897, cobriu a Guerra de Canudos pelo
Jornal do Comércio. Publicou sua visão da guerra em O Rei dos Jagunços: crônica histórica e de costumes sertanejos sobre os
acontecimentos de Canudos.
MANOEL
DUARTE (1858-1914) – Médico e
político até 1909 (senado).
OLAVO BILAC
(1865-1918) – Jornalista
e poeta brasileiro, Bilac foi um dos membros-fundadores da Academia Brasileira
de Letras (1896). Após a revolta de 1904, mudou o tom de suas defesas à
reurbanização: "As arruaças deste mês - nascidas de uma tolice e
prolongadas por várias causas - vieram mostrar que nós ainda não somos um povo.
(...) Não há povo, onde os analfabetos estão em maioria". “(...) Não
sei bem para quê servirá dar avenidas, árvores, jardins, palácios a esta cidade
- se não derem aos homens rudes os meios de saber o que é civilização, o que é
higiene, o que é dignidade humana" (Revista Kosmos, Rio de Janeiro,
novembro de 1904). Mais tarde, numa visão nada ecológica, como predominava na
época, alude ao impacto social dos despejos, quando analisa as intenções de pôr
abaixo o morro do Castelo: “(...) Arrase-se o morro, que já há muitos anos
devia ter sido arrasado! Mas, antes de arrasá-lo, digam-me, pelo amor de Deus,
para onde se há de mudar toda a gente que o habita” (Gazeta de Notícias, Rio de
Janeiro, 13 de agosto de 1905).
OLIMPIO DA
SILVEIRA – General, com atuação na ocupação militar e delimitação do território
do Acre (1903), desligou-se do levante de 1904 horas antes.
OSWALDO
CRUZ (1872-1917) – Médico, cientista e sanitarista brasileiro, Cruz dedicou-se
ao estudo das moléstias tropicais no Brasil e ao Instituto Soroterápico
Nacional, que fundou e, mais tarde, foi rebatizado com o seu nome.
LUIZ
PINTO PEREIRA DE ANDRADE – Civil organizador de comícios e de eleições, Pinto
de Andrade representou os apoiadores financeiros do levante de 1904. É ferido e
preso durante a tentativa de sublevar a Escola de Realengo. Consta como
presidente de mesa de fiscalização das eleições de 11 de março de 1907, na 5ª
seção.
PEREIRA
PASSOS (1836-1913) – Engenheiro atuou na construção e expansão da malha
ferroviária brasileira e foi prefeito do Distrito Federal (1902-1906).
RICARDO
CLUNY – Militar superintendente do forte de São Gabriel, Amazonas.
RIO
BRANCO (1845-1912) –
José Maria da Silva Paranhos Júnior foi um diplomata brasileiro e ministro das
relações exteriores do Brasil (1902-1910).
RODRIGUES
ALVES (1848-1919) – Advogado, conselheiro do império, ministro da fazenda de
Floriano Peixoto (1891-1892), governador de São Paulo por três ocasiões, morreu
no início do seu segundo mandato à chefia da nação (1918-1922).
SILVESTRE
TRAVASSOS (1848-1904) – Militar e membro do Estado-Maior do Exército. Preso,
morre por decorrência do tiro recebido durante o confronto.
RUI
BARBOSA (1849-1923) – Jurista, político, diplomata e ministro da
fazenda.
THEODOR
KOCK-GRÜNBERG (1872-1924) – Etnógrafo e pesquisador alemão. Iniciou seus
estudos sobre os povos indígenas da América do Sul ao longo do rio Xingu
(1898-1900). Explorou os rios Japurá e Negro (1903 a 1905) que resultou nas
publicações O Começo da arte na selva
(1905), Desenhos sul-americanos em Rochas
(1907) e Dois anos entre os Indígenas –
Viagem ao noroeste do Brasil (1909). Retornou ao Brasil em 1911 para nova
pesquisa, relatada na obra Do Roraima ao
Orinoco – Observações de uma viagem pelo norte do Brasil e pela Venezuela
durante os anos de 1911 a 1913. Nessa expedição, além da fotografia, usou
também o fonógrafo para registrar mitos, lendas e cantos das etnias visitadas.
Esse material se tornou fonte da criação de Macunaíma
– o herói sem nenhum caráter (1928) escrito por Mário de Andrade
(1893-1945). Trocou correspondências com historiadores e filólogos brasileiros,
como Capistrano de Abreu (1853-1927) e Teodoro Sampaio (1855-1937). Voltou ao
Brasil em 1924, para realizar o levantamento cartográfico e etnográfico das
cabeceiras do Rio Branco. Em Vista Alegre, Roraima, faleceu de malária e foi
sepultado às margens do rio. O percurso de Grünberg pelo rio Tiquié, afluente
do rio Negro, ocorreu entre março a junho de 1904 e não no período retratado
pelo romance (julho a setembro). Nesse momento, o etnólogo estava na vila de
São Felipe (AM), preparando a próxima etapa da sua expedição.
THEREZA CRUZ –
Médica parteira formada pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1904,
possuía consultório na Rua Riachuelo, 241.
VICENTE DE SOUZA
(1852-?) – Médico baiano e fundador do Centro das Classes Operárias. Foi preso
em 1904 e solto no início de 1905.
PERSONALIDADES
HISTÓRICAS SUBSTITUÍDAS
AGOSTINHO RAIMUNDO GOMES DE CASTRO – Militar, com a
patente de major, em 1904, participou das articulações conspiratórias e da
tentativa de sublevação da Escola de Realengo. Anteriormente, participou do
movimento de deposição da monarquia brasileira. Por virtude de não haver uma biografia
mais consistente para inspirar a sua retratação, a autora criou o personagem
Agostinho Pontes.
ANTONIO AUGUSTO CARDOSO DE CASTRO (1860-1911) –
Advogado e chefe de polícia do Distrito Federal (1902 a 1904) e ministro do
Supremo Tribunal Federal em 1905. A autora criou o personagem Silva Castro, por
não ter conseguido identificar fontes secundárias que corroborassem a opinião
desairosa de Lima Barreto (Diário Íntimo) sobre o chefe de polícia, com a
exceção de críticas ao seu desempenho à testa da segurança pública do Distrito
Federal (Jornal Correio da Manhã).
ANTONIO AUGUSTO DE MORAIS – Militar com a patente de
capitão e ajudante de ordens da Intendência Geral de Guerra em 1904, participou
das articulações conspiratórias e da sublevação da Escola Militar de Realengo.
A ausência de biografia sistematizada também resultou na criação do personagem
Pedro Morais.
PASCOAL
SEGRETO (1868-1920) – Empresário do setor de diversões nascido na Itália.
Proprietário do Salão de Novidades, do Parque Fluminense, do Moulin
Rouge, da Maison Moderne e arrendatários dos teatros Carlos Gomes,
São José e São Pedro, na cidade do Rio de Janeiro. Ampliou sua atuação para as
cidades de Niterói, Campos, São Paulo e Santos, com casas de jogos e de
diversões. Foi preso diversas vezes durante os primeiros anos de sua vida na
cidade do Rio. No entanto, esses registros de prisão desapareceram, e Paschoal
Segreto se tornou um lendário querido de muitos. Foi fonte de inspiração para a
criação do personagem Pietro.
PERSONALIDADES
HISTÓRICAS CITADAS
ALEXANDRE
FERREIRA RODRIGUES (1756-1815) – Considerado um dos maiores naturalistas
luso-brasileiros, Rodrigues percorreu o interior do Estado da Amazônia até o de
Mato Grosso entre os anos de 1783 e 1792. São deles os relatos de Ajuricaba e a
sua obra é um dos livros citados por Valentin.
ALFRED RUSSEL
WALLACE (1823-1913). Naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo britânico,
criador da teoria da evolução, ao lado de Charles Darwin (1809-1882), é
considerado um dos precursores da ecologia. Entre seus escritos, destaca-se
Viagem pelo Amazonas e Rio Negro (1848-1850), editado 1853.
A. F. MORNAY –
Cientista e mineralogista britânico que viajou pela norte e nordeste do Brasil
em 1810 (?).
AUGUSTO COMTE
(1798-1857) – Pensador francês,
considerado o pai da sociologia, criou a filosofia positivista, que teve forte
influência na formação do pensamento científico nacional e no currículo da
Escola Militar da Praia Vermelha até 1904.
BENJAMIN
CONSTANT (1833- 1891) -- Engenheiro militar,
professor e ministro de Estado. Participou da proclamação da República.
CORONEL MARQUES
PORTO – Impediu a sublevação da Fortaleza São João (1904).
DEODORO DA
FONSECA (1827-1892) -- Militar, primeiro presidente do Brasil.
EMÍLIO GOELDI
(1859-1917) – Naturalista e zoólogo suíço, dirigiu (1894 a 1907) o ainda
existente Museu Paraense, que ganhou reconhecimento internacional.
Anteriormente (1880-1894) dirigiu o Museu Nacional Brasileiro na cidade do Rio.
Em 1905, Goeldi contratou a ornitóloga alemã Emília Snethlage (1868-1929), que,
entre outras realizações, foi a primeira pessoa a explorar cientificamente o
território entre os rios Xingu e Tapajós (1909), e se tornou diretora do Museu
(1914-1922).
FIGUEIREDO DE
MAGALHÃES (1838–1895) – Médico propagador dos bons ares marítimos para a saúde,
com clínica no então arraial de Copacabana. Apesar de falecido em 1904, o
romance faz referência ao Dr. Magalhães.
FRIEDRICH
NIETZSCHE (1844-1900) – Filósofo nascido
na Prússia, atual Alemanha, considerado um dos maiores pensadores da
humanidade. Cultura, religião e moral são temas centrais da sua obra, na qual
procurou descontruir ilusões ou preconceitos inscritos nos ideários norteadores
do processo civilizador ocidental.
FLORIANO PEIXOTO
(1839-1895) – Militar
e presidente do Brasil (1891-1894).
GIL VIDAL (Pedro
Leão Veloso Filho) – Jornalista do Correio da Manhã.
GUSTAVE FLAUBERT
(1821-1880) – Escritor francês. Madame
Bovary (1856), considerada como sua obra principal, causou escândalo na
época de sua publicação e levou o autor e o seu editor a julgamento, acusados
de ultraje à moral. Absolveu-os a tese de que o suicídio da personagem era uma
lição para a boa conduta.
HENRIK IBSEN
(1828-1906) – Dramaturgo norueguês rompeu as regras do teatro clássico, ao
privilegiar os conflitos psicológicos como o condutor da ação. A denúncia das
aparências sociais e o dever do indivíduo para consigo mesmo e para com a
verdade são temas centrais de suas peças e causaram escândalo na época. Escreveu
entre outras peças: Peer Gynt (1867),
Os espectros (1881), O Inimigo do Povo (1882), Hedda Gabler (1890), além de Casa de Bonecas (1879), que foi
encenada, em 1899, na cidade do Rio, pela companhia da atriz portuguesa Lucinda
Simões (1879-1962). O escritor João do Rio (1881-1921), em seu primeiro texto
jornalístico, considerou a personagem Norma uma histérica e qualificou de
fracas as peças do dramaturgo: “não constituem verdadeiras composições
teatrais”.
HENRY WALER
BATES (1825-1892) – Entomólogo e naturalista inglês, viveu onze anos no Brasil,
onde realizou pesquisas sobre a fauna e flora das florestas do país.
HERMES DA
FONSECA (1855-1923) – Militar e político, foi o oitavo presidente do Brasil
(1910-1914).
JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADE E SILVA (1763-1838) –
Personalidade importante para a independência do Brasil, foi ministro de Pedro
I e tutor do seu filho Pedro II.
JÚLIO PRATES DE CASTILHOS (1860-1903) – Jornalista e político brasileiro,
defensor do ideário positivista no Brasil, recebeu de seus conterrâneos o
título de Patriarca do Rio
Grande do Sul,
estado que governou por duas vezes e principal autor da
Constituição Estadual de 1891.
MANOEL FERRAZ DE CAMPOS SALLES (1841-1913)
– Advogado e político, natural de Campinas, São Paulo, e oriundo do setor
agrário, governou este estado (1896-1897) e o país (1898-1902). Nessa disputa
presidencial venceu com cerca de 420 mil votos os 39 mil obtidos por Lauro Sodré.
Reestabeleceu o equilíbrio das finanças brasileiras, mas, na vida pessoal,
passou por dificuldades econômicas. Governou com um ministério formado por
técnicos sem vínculos com partidos políticos: “Entendi dever consagrar o meu governo a uma obra puramente de
administração, separando-o dos interesses e paixões partidárias, para só cuidar
da solução dos complicados problemas que constituem o legado de um longo
passado. Compreendi que não seria através da vivacidade incandescente das lutas
políticas, aliás, sem objetivo, que eu chegaria a salvar os créditos da nação
comprometidos em uma concordata com os credores externos. (...) Outros deram à
minha política a denominação de Política dos Governadores. Teriam acertado se
dissessem Política dos Estados. Esta denominação exprimiria melhor o meu
pensamento! (...) É lá [nos
estados], na soma destas unidades autônomas, que se encontra a verdadeira
soberania da opinião. O que pensam os Estados pensa a União! (...) E é preciso evitar, com decidido empenho, as
agitações sem base no interesse nacional que não serviriam senão para levar à
arena política as ambições perturbadoras que têm sido e serão sempre os eternos
embaraços à proficuidade da ação administrativa.” (Salles, 1983; 1998).
A “soberania da opinião”, representada pelas principais forças econômicas de
cada unidade federativa, apoiou seu mandato e com este arranjo Campos Salles
adotou outro mecanismo de administração que ficou conhecido como a política
“café com leite”, na qual haveria o rodízio de paulistas e mineiros na
presidência e vice-presidência do país. Para a sua sucessão indicou,
respectivamente para esses cargos, Rodrigues Alves e Silviano Brandão
(1848-1902), que morreu no exercício da vice-presidência. Esse cargo foi
ocupado pelo mineiro Afonso Pena (1847-1909) que se tornou o futuro presidente
do Brasil (1906-1909) e também faleceu
durante o mandato de chefe de nação, o que levou ao poder (1909-1910) o
fluminense Nilo Peçanha (1867-1924).
MARCO POLO
(1254–1324) –
Mercador e explorador veneziano. Percorreu a Rota da Seda, que ligava
comercialmente a Europa ao Extremo Oriente. Preso em uma guerra contra Gênova,
relatou suas aventuras para o companheiro de sela, Rusticiano de Pisa, que
escreveu sobre elas. Impresso em várias línguas, o livro permitiu o acesso do
Ocidente aos conhecimentos geográficos e culturais do Oriente. A primeira
impressão, em tradução portuguesa de Portugal, ocorreu em 1502.
MANOEL BONFIM (1868-1932)
– Sergipano formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1890), Bonfim
assumiu, anos mais tarde, a cátedra de Pedagogia e Psicologia da Escola Normal
da então Capital Federal do Brasil. Em Paris desde 1903, onde estudava
psicologia, escreveu e publicou o ensaio cujos raciocínios ajudaram a compor a
visão política do personagem Valentin. Implantou em 1906, na cidade do Rio, o
primeiro Laboratório de Psicologia Brasileiro. Foi autor de diversos livros nas
áreas da história do Brasil e da América Latina, de Psicologia e de Educação,
temática que era foco constante de suas análises por entendê-la como a base da
competitividade de uma coletividade e da sua nação. Seu pensamento destoou do
oficial da época e iluminou o impacto da colonização brasileira sobre as
condições culturais e comportamentais do povo brasileiro. Foi redescoberto em
1984 por Darcy Ribeiro (1922-1997).
MARECHAL RONDON
(1865-1958) – Candido Mariano
da Silva Rondon, militar e sertanista brasileiro, chefiou a comissão
construtora de linhas telegráficas no Estado do Mato Grosso. Em 1910, organizou
e dirigiu o Serviço de Proteção aos Índios.
PLATÃO DE
ALBUQUERQUE – Médico e deputado federal.
SERTÓRIO DE
CASTRO – Jornalista do Jornal do Comércio e escritor.
PRUDENTE JOSÉ DE
MORAIS E BARROS (1841-1902) – Advogado e político brasileiro, natural dos
arredores de Itu, São Paulo, governou este estado (1889-1890) e foi o terceiro
presidente brasileiro e o primeiro com base em eleições diretas.
VIEIRA SOUTO –
Médico fluminense.
VISCONDE DE OURO
PRETO (1836-1912) – Afonso
Celso de Assis Figueiredo era formado em direito e presidiu o conselho
ministerial de Pedro II. Foi
também ministro da Marinha e da Fazenda, na época monárquica, senador e deputado
pela província de Minas Gerais. Não foi
acusado de participação no levante de Escola Militar, apesar de seu nome contar
dos registros da segurança pública como um dos financiadores do movimento a
partir do Jornal O Comércio do Brasil.
Fonte: as breves
biografias das Personalidades Históricas (retratadas, substituídas ou citadas)
foram escritas com base na Wikipédia e, algumas
poucas, com referências de fontes secundárias que constam do tópico Bibliografia.
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