CÉSAR AUGUSTO
-- É um menino, a sua cara, diz a mãe a Theodoro, no
seu retorno ao solar.
-- Sim, lembra muito você quando nasceu, confirma o
pai.
-- E Catarina?
-- Dormindo. Sofreu demais, mas se restabelecerá.
Dr. Eugênio acabou de sair.
-- Venha conhecer César Augusto, não é um belo nome?
Theodoro hesita. O pai toma-o pelo braço e o leva
até o quarto. Heliodora ergue o menino do berço.
-- É louro!
-- Você também era assim, loirinho, loirinho, quando
nasceu.
-- Parece comprido.
-- Um tourinho, como todos os Alcântara Avelar. Mas
vamos deixá-lo descansar, diz Heliodora repondo o neto no berço que está sob o
cuidado de uma enfermeira.
O grupo retira-se do aposento e Theodoro para no
corredor.
-- Prefiro adiar as participações do nascimento por
enquanto. Inclusive, ontem, não comentei nada com Valentin.
Os pais se entreolham, com ar inquieto.
-- Quando voltou?
-- Há alguns dias. Deve embarcar em breve.
-- Melhor mesmo que ele não saiba, senão irá querer
nos visitar e empestear a casa com o ar da rua. Nada recomendável, diz
Heliodora.
-- Quando acham que Catarina e Cesar Augusto podem
viajar?
-- Daqui alguns dias. Por quê?
-- Até tudo acalmar, prefiro que fiquem na fazenda e
quero que os acompanhem.
-- Claro que iremos. Os ares do campo são melhores
para o resguardo.
-- Ótimo. Vou me banhar e dormir um pouco.
-- Sem te retardar: derrotaram a corja?
-- A Escola sim; logo mais as ruas também serão
apaziguadas.
-- Graças a Deus. Então vá, meu filho, vá repousar,
diz Honório Augusto.
Acompanha o filho com os olhos: não podemos viver com essa espada na cabeça. Algo precisa ser feito para a paz reinar, pensa.
Copyright © 2013
by Maria Tereza O. S. Campos
Copyright de adaptação para Cinema
e TV © 2005 by Maria Tereza O. S. Campos
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