sábado, 11 de julho de 2015

Capítulo Cento e Vinte e Dois

A DERROTA
 
Os holofotes do encouraçado Deodoro iluminam a Escola da Praia Vermelha e a flotilha de torpedeiros a bombardeia. A artilharia rebelde responde. Conforme a madrugada avança, as respostas silenciam. Muitos abandonam o movimento.
Debaixo de chuva, a cidade amanhece. A força legal cerca o Tabernáculo das Ciências e Berço da Mocidade Militar. Um tenente rebelde depõe as armas em nome dos 175 alunos ainda reunidos e de outros oficiais.
Argolo interpela o tenente sobre o paradeiro dos chefes da sublevação.
-- Onde estão?
-- O capitão Dias está morto, o general Travassos baleado, e não sabemos onde estão o senador Sodré e o deputado Varela.
-- Quantas baixas?
-- Trinta e dois feridos e quatro mortos.
Mortos e combalidos são removidos para o hospital do Exército, os insurretos levados para a prisão, armas e munições recolhidas e a Escola fechada.
Em mensagem ao Congresso, o presidente oficializa o final da sublevação e anuncia o senador Lauro Sodré e os deputados federais Barbosa Lima e Alfredo Varela como os autores da sedição. Ordena a prisão de todos os envolvidos, a exoneração dos alunos e oficiais revoltosos, e pede a votação do estado de sítio no Distrito Federal e na Comarca de Niterói.

Copyright © 2013 by Maria Tereza O. S. Campos
Copyright de adaptação para Cinema e TV © 2005 by Maria Tereza O. S. Campos

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