quarta-feira, 10 de junho de 2015

Capítulo Oitenta e Um

DA FORÇA DO POVO E DA VITÓRIA FINAL


Em 20 de julho, o Senado aprova a vacina obrigatória. No Comércio do Brasil, as expectativas dos conspiradores são que o mesmo resultado se dê na Câmara.
-- Confirmará o que deve ser feito quando tomarmos o poder, diz Fabrício.
-- Negativo. Não se fecha o Congresso com esses números, retruca Barbosa.
-- Isso se conseguirmos depor o governo, pondera Brito.
-- Nossos apoiadores convencerão seus círculos de amizade a aderir ao levante.
-- Anda pequeno esse poder de convencimento, a julgar o resultado do Senado.
-- O que é isso, pessoal? A batalha nem começou na Câmara, fala Varela.
Herculano se mantém quieto: o Golpe se fará com a força do povo, pensa. 
  
Políticos celebram na Casa Rosada a vitória do Governo no Senado. Em período de clientela afugentada pelos Cruzados da Moral, a solenidade agrada Ninon, que entretém os senadores. Mais tarde, recolhe-se em seu aposento. Theodoro aparece.
-- Fantástica recepção.
-- Todos já foram?
-- Nem todos, mas não querem mais a minha companhia.
-- Suponho que não! Quer beber algo?
-- Vim apenas me despedir. Começo cedo o dia amanhã.
-- Que pena! Tem mesmo de ir?
-- Infelizmente, mas compensarei cada minuto ausente depois da vitória final.
-- Vá, então, meu falcão. O triunfo te aguarda.
O secretário gosta do que ouve, beija-a e parte, deixando Ninon segura de que o término da relação se processa de modo harmonioso.
  

Copyright © 2013 by Maria Tereza O. S. Campos
Copyright de adaptação para Cinema e TV © 2005 by Maria Tereza O. S. Campos


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