DA FORÇA DO POVO E DA VITÓRIA FINAL
Em 20 de julho, o Senado aprova a vacina obrigatória. No Comércio do Brasil, as expectativas dos conspiradores
são que o mesmo resultado se dê na Câmara.
-- Confirmará o que deve ser feito quando
tomarmos o poder, diz Fabrício.
-- Negativo. Não se fecha o Congresso com
esses números, retruca Barbosa.
-- Isso se conseguirmos depor o governo,
pondera Brito.
-- Nossos apoiadores convencerão seus
círculos de amizade a aderir ao levante.
-- Anda pequeno esse poder de convencimento,
a julgar o resultado do Senado.
-- O que é isso, pessoal? A batalha nem
começou na Câmara, fala Varela.
Herculano se mantém quieto: o Golpe se fará com a força do povo,
pensa.
Políticos celebram na Casa Rosada a vitória do Governo no Senado. Em
período de clientela afugentada pelos Cruzados da Moral, a solenidade agrada
Ninon, que entretém os senadores. Mais tarde, recolhe-se em seu aposento.
Theodoro aparece.
-- Fantástica recepção.
-- Todos já foram?
-- Nem todos, mas não querem mais a minha
companhia.
-- Suponho que não! Quer beber algo?
-- Vim apenas me despedir. Começo cedo o dia
amanhã.
-- Que pena! Tem mesmo de ir?
-- Infelizmente, mas compensarei cada minuto
ausente depois da vitória final.
-- Vá, então, meu falcão. O triunfo te
aguarda.
O secretário gosta do que ouve, beija-a e
parte, deixando Ninon segura de que o término da relação se processa de modo
harmonioso.
Copyright © 2013
by Maria Tereza O. S. Campos
Copyright de adaptação para Cinema
e TV © 2005 by Maria Tereza O. S. Campos
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