sábado, 17 de janeiro de 2015

Capítulo Vinte e Cinco

QUESTÕES REAIS


Velho e leal amigo, estou muito quieta hoje, como uma rainha deve estar em véspera de tomar decisões difíceis. Às vezes, as realizações vislumbradas para o seu reino exigem que aja exatamente como é: acima das leis e convenções. Contudo, se agir assim, pode ser alcançada por penas impróprias a sua condição. É muito triste viver em um mundo onde devemos nos sujeitar a possibilidades menores para evitar esses julgamentos. Sabes bem a que decisão me refiro e já te ouço dizer: cuidado! Não faça isso. Te entendo. Se cada um agir ao seu bel-prazer para a mais completa realização de si, será o retorno à época das selvas. Mas a realização a que me refiro não tem poder para nos levar à barbárie. Entendo também que só um homem, entre milhões, pode ser capaz de compreender minha doutrina. Theodoro é esse homem. E como mamãe diz, a lei de Deus é mais elevada do que pergaminhos escritos em priscas eras. Por todas essas razões, não posso pensar de modo convencional. No entanto, irei amadurecer a questão. Quanto a Valentin, anda escrevendo um artigo para a Kosmos. Isso me alegra, apesar de estar distante de mim, digo, de todos nós. Até.

Copyright © 2013 by Maria Tereza O. S. Campos
Copyright de adaptação para Cinema e TV © 2005 by Maria Tereza O. S. Campos

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